quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Prática Pedagógica Inclusiva

sala de aula, lateral de uma parede, coberta com um carpete, servindo como mural. Nele se encontram vários cartazes. À baixo, um cartaz em forma de trem. Nele se encaixam pequenos papeis cortados em quadrados,nos quais estão desenhados círculos representando a cara da crianças de cada sala, com outros traços escritos que simbolizam o sinal em libras de cada criança. todos os dias o aluno distribui as carinhas para seus respectivos donos e depois essas crianças devem encaixar no trem. Essa atividade foi feita por mim, no trabalho com um aluno surdo bilateral profundo, com graves problemas de socialização e comunicação. Criança esta, que não olhava para a demais. e outra, ele é apaixonado por meios de transportes. Antes fora construído o sinal pessoal de cada criança, ensinado a elas, para depois desenvolver esta prática do trem.
Sobre uma carteira de sala de aula, três placas feitas de cartolina, retangular, fundo escuro, faixa clara de menor tamanho sobreposta, onde está ao centro escrito o nome do aluno. Na sua lateral direita, o desenho de uma mão, representando a letra inicial do nome da criança em libras. Na lateral esquerda o desenho circular com detalhes escritos que representam o sinal da criança em libras. Essa forma escrita, se chama SignWriting.

ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO

#PraCegoVer
à direita um homem trajando terno, expressão de quem não está ouvindo. Do outro lado uma mulher, trajando camisa social feminina, segura em sua mão um megafone, este direcionado na orelha do homem, de boca bem aberta faz expressão de quem está gritando.(Imagem tirada do endereço: http://todaperfeita.com.br/como-lidar-com-pessoas-dificeis/) Quero falar dentro deste tema sobre a acessibilidade e a inclusão de pessoas surdas nas escolas. E esse meu questionamento se refere a todas as escolas, inclusive os IFs. Certo dia, estava eu professor novato, conversando com um professor da área de informática. Explicando-lhe sobre minha função neste IF. Ele me disse: - Ano passado tivemos dois surdos estudando aqui.Eu respondi, que maravilha... Ele disse, tivemos duas intépretes, visto que os alunos eram de cursos diferentes. Então considerando que o IFSP/SJC tem apenas uma intérprete, perguntei: _ Contrataram uma outra? Ele respondeu: - Tem uma funcionária que é mãe de um jovem surdo, ela foi a intérprete. Problema... a referida mulher não sabe libras, eu a conheço, já conversei com ela. Sabe o básico do básico. Enfim... esse é um mega problema, quando se fala de inclusão e acessibilidade de pessoas surdas. É muito comum, as escolas estarem recheadas de "intérpretes de fachada". Esse é um grande problema, pelo qual já tentei mobilizar os surdos militantes para lutarem contra, visto que a maioria desse evento ocorre todos os dias nas escolas, em fase inicial de aprendizagem. Acessibilidade para o surdo é a sua língua, é uma escola que respeite sua cultura, é tornar todas as coisas de forma visual. Mais que tudo é valorização da sua identidade. Todos esses aspectos, apagados na escola inclusiva. Como os surdos militantes, eu defendo uma escola Bilíngue, organizada pela comunidade surda, que tenha em seu currículo, além da cultura, o ensino das línguas em primeira e segunda língua, com metodologia e estratégias próprias. Executada por profissionais realmente bilíngues. Nossa crianças surdas estão crescendo assim, sem identidade. O tempo está passando. As crianças estão crescendo sem conhecimentos básicos necessários nas duas línguas. Nas escolas não encontramos, para os surdos, acessibilidade arquitetônica, vista que não tem sinalizadores visuais. A Acessibilidade comunicacional então nem se fala. são crianças surdas isoladas, num mundo de falante sonoros. E os intérpretes que tem, alem de serem de péssima qualidade, só se dirigem ao surdo quando precisam, fora isso são tagarelas sonoros, desrespeitando inclusive éticas de convívio. Quanto à acessibilidade metodológica, podemos dizer com segurança... quesito zero para a educação de crianças surdas. temos a Língua Portuguesa ensinada como primeira língua, como língua oral e sonora. temos a Líbras nem ensinada. Sendo que 98% das escolas nem tem professor de libras, sequer um professor surdo. Das acessibilidade programática, a luta está armada. As leis existem, e estão sendo aperfeiçoadas. Por fim, a acessibilidade atitudinal, convívio entre as pessoas, quanto à surdez estamos tratando de línguas diferentes. Aprender língua exige, aprender uma língua de modalidade gesto-visual exige mais ainda. Nesse aspecto acredito que tem se avançado, as pessoas estão se conscientizando, muitas estão aprendendo, outras respeitando (isso vale muito). Enfim concluo que, luto por uma escola bilíngue, urgente. Pois acredito que ela, em tempo mínimo, alcançaria muitos dos objetivos educacionais, dos quais a escola inclusiva, talvez um dia vá alcançar. Que seja uma escola para a educação infantil e fundamental I. estas que preparam a base educacional e de aprendizagem das crianças. Que alcançam as fases e idades de aprendizagem mais fundamentais. Por uma educação realmente inclusiva e acessível para os surdos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

ARTETERAPIA DA DIFERENÇA - BY REGIS COELHO Consiste em trabalhar-se com uma folha de sulfite, que representa o ser humano, como ser humano todos somos iguais. Depois pede-se que façam qualquer dobradura de papel simples... que representa os frutos de nossa vida... Por fim pede-se que abram os papeis e pode se assim escolher uma cor de giz de cera e pintar todo papel, o que revelará nossas marcas individuais... nossa identidade... somos diferentes, na nossa igualdade...

sábado, 24 de setembro de 2016

A PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA MINHA HISTÓRIA DE VIDA...

Boa tarde! Me chamo Reginaldo de Oliveira Coelho, Nome social Regis Coelho. Sou Professor de Libras no IFSP/São José dos Campos, um ano de atuação. Também leciono disciplinas ligadas à educação, e participo da equipe responsável pela formação de professores, do Napne. entretanto o que mais gosto, e digo, a que venho realmente é sobre a Língua Brasileira de Sinais. Segundo LONG (1910) "nas mãos de seus mestres, é uma língua extraordinariamente bela e expressiva, para a qual, na comunicação uns com os outros e como um modo de atingir com facilidade e rapidez a mente dos surdos, nem a natureza nem a arte lhes concedeu um substituto à altura". Este tema já uns 18 anos é meu ponto de interesse, de aprofundamento e pesquisa, de ensino e uso. Agora para escrever sobre a pessoa com deficiência em minha vida, digo que desde muito pequeno convivi com um colega, vizinho de rua, que é deficiente. Até hoje, em alguns momento eu o visito e o auxilio no que puder. Mas a convivência com ele sempre me deu muita abertura pra me disponibilizar como ajuda, e não ser um ajudante. Pois, aprendi com ele que o excesso de ajuda também atrapalha. Ele dizia que o deficiente tem que fazer tudo o que pode sozinho e requisitar apenas o que não o consegue. Depois, fui frade franciscano por dez anos e neste tempo também pude conviver e ser ajuda para muitos deficientes, o que me proporcionou um espírito de paciência e longanimidade, virtudes estas requisitadas além de nossas forças meramente humanas e pessoais. Quando deixei o convento, decidi, continuar o trabalho com crianças surdas, sendo que já era formado com o Magistério e sabia a Libras. E assim se deu minha trajetória até os dias de hoje. Trabalhei de diversas maneiras, filantrópica e profissionalmente. Atendendo crianças, familiares e estâncias. Da escola ao hospital, delegacia, etc. E há um ano, entrei para o IFS. E agora meu anseio é contribuir com pesquisas e com confecção de materiais didáticos para o ensino de Libras, primeira língua para crianças surdas. Enfim este é o resumo da minha história.